ARTE IMPRESSIONISTA
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O impressionismo foi um movimento
artístico (artes plásticas e música) que surgiu na França no final do
século XIX. Este movimento é considerado o marco inicial da arte
moderna. O nome “impressionismo” deriva de uma obra de Monet chamada
Impressão, nascer do Sol (1872).
Principais características da pintura:
- A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
- As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens.
- As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado.
- Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos.
- As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica.
A primeira vez que o público teve
contato com a obra dos impressionistas foi numa exposição coletiva
realizada em Paris, em abril de 1874. Mas, o público e a crítica
reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos
princípios acadêmicos da pintura.
Principais artistas
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Claude Monet
(1840-1926) francês e o mais célebre dos impressionistas. Foi
incessante pesquisador da luz e seus efeitos, pintou vários motivos em
diversas horas do dia e em várias épocas do ano, a fim de estudar as
mutações coloridas do ambiente com sua luminosidade. Monet teve uma
catarata no fim da sua vida. A doença o atacou por causa das muitas
horas com seus olhos expostos ao sol. Durante sua doença Monet não parou
de pintar, usou nessa época de sua vida cores mais fortes como o
vermelho-carne e vermelho goiaba, cor tijolo, entre outros verdes,
rosas, vermelhos e cores mais fortes. Em 1911, com o falecimento de
Alice, sua esposa, e seu problema de visão, Monet perdeu um pouco a
vontade de viver e pintar.
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Pierre-Auguste Renoir
(1841-1919) foi o pintor francês impressionista que ganhou maior
popularidade e chegou mesmo a ter o reconhecimento da crítica, ainda em
vida. Seus quadros manifestam otimismo, alegria e a intensa movimentação
da vida parisiense do fim do século XIX. Pintou o corpo feminino com
formas puras e isentas de erotismo e sensualidade, preferia os nus ao ar
livre, as composições com personagens do cotidiano, os retratos e as
naturezas mortas.
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Edgar Degas
(1834-1917) parisiense, sua formação acadêmica e sua admiração por
Ingres fizeram com que valorizasse o desenho e não apenas a cor, que era
a grande paixão do Impressionismo. Além disso, foi pintor de poucas
paisagens e cenas ao ar livre. Os ambientes de seus quadros são
interiores e a luz é artificial. Sua grande preocupação era flagrar um
instante da vida das pessoas, aprender um momento do movimento de um
corpo ou da expressão de um rosto. Adorava o teatro de bailados.
Jacob Abraham Camille Pissarro
(1830-1903) francês, co-fundador do Impressionismo, sua pintura se
caracterizou por uma paleta de cores cálidas e pela firmeza com que
consegue captar a atmosfera, por meio de um trabalho preciso da luz. A
estrutura dos quadros de Pissarro encontra total correspondência na obra
de Cézanne, já que foi mútua a influência entre ambos. Como professor
teve como alunos Paul Gauguin e seu filho Lucien Pissarro. Ao jovem
Gauguin aconselhou a utilização das cores – esses conselhos surtiram
efeito e Gauguin começa a utilizar a cor no seu estado puro.
Alfred Sisley
(1839-1899) nasceu em Paris, filho de pais ingleses, seus primeiros
quadros revelaram uma certa influência da obra de Jean-Baptiste Camille
Corot, mas pouco a pouco começou a se diferenciar dele, dando mais
importância à cor do que à forma. Dono de uma capacidade surpreendente
de observação, Sisley era capaz de captar os matizes mais sutis da luz,
habilidade que demonstra em seus quadros das estações do ano. Também é
muito singular o modo como consegue homogeneizar água, terra e céu,
inundando suas paisagens de uma paz transcendental.
Berthe Morisot
(1841-1895) pintora francesa, iniciou a sua formação em pintura com os
mestres Chocarne-Moreau, Guichard e Corot, e em escultura com Millet.
Quando conheceu Monet, posou para ele como modelo e apaixonou-se por
Eugênio, irmão do pintor, com quem se casou. A obra dessa artista
representa uma reflexão afirmativa da obra de Manet, embora com
pinceladas mais longas e suaves, com tendência para a verticalização,
numa tentativa de organizar a composição.
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Édouard Manet
(1832-1883) foi pintor e artista gráfico francês. Os gostos de Manet
não vão para os tons fortes utilizados na nova estética impressionista.
Prefere os jogos de luz e de sombra, restituindo ao nu a sua crueza e a
sua verdade, muito diferente dos nus adocicados da época. O trabalhado
das texturas é apenas sugerido, as formas, simplificadas. Os temas
deixaram de ser impessoais ou alegóricos, passando a traduzir a vida da
época. Manet era criticado não apenas pelos temas, mas também por sua
técnica, que escapava às convenções acadêmicas. Frequentemente inspirado
pelos mestres clássicos e em particular pelos espanhóis do Século de
Ouro, Manet influenciou, entretanto, certos precursores do
impressionismo, em virtude da pureza de sua abordagem.
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