VAN GOGH

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Ele foi vendedor de arte, professor e pregador antes de decidir virar pintor em 1880. Suas primeiras obras eram muito escuras, enquanto os grandes artistas do período usavam cores brilhantes. Quando se mudou para Paris, em 1868, ele aprendeu a pintar retratos e a usar cores. Ele fez ao menos 20 autorretratos nesse período.
 
A VIDA
Vincent não gostava da vida na cidade e mudou-se para Arles, na Provença, em 1888. Nesses últimos anos de sua vida, ele realizou muitos trabalhos e a maioria de suas obras-primas. No entanto, no mesmo período ele sofreu grandes conflitos internos e foi internado em um hospital. Em 27 de julho de 1890, deu um tiro no próprio peito. Morreu dois dias depois. Seu irmão Theo, que mantinha o pintor, herdou a sua coleção. Van Gogh vendeu apenas uma pintura durante a sua vida.

Van Gogh foi completamente ignorado pela crítica e pelos artistas. Atualmente, os seus quadros estão entre os mais caros do mundo.

Van Gogh tinha uma vida amorosa catastrófica e era atraído por mulheres problemáticas. O caso mais emblemático foi sua paixão por Clasina Maria Hoornik, uma prostituta alcoólatra. Ela se tornou sua companheira, amante e modelo.

Quando Hoornik voltou para a prostituição, van Gogh ficou totalmente deprimido. Em 1882, sua família ameaçou cortar o seu dinheiro, a menos que ele deixasse a namorada e Haia. Em meados de setembro, ele viajou para Drenthe, um distrito pouco habitado na Holanda. Pelas próximas seis semanas, ele viveu uma vida nômade, enquanto desenhava e pintava a paisagem e seu povo.

A arte de Van Gogh o ajudou a conquistar o equilíbrio emocional. Em 1885, ele começou a trabalhar no que é considerada a sua primeira obra-prima, "Comedores da Batata". Van Gogh decidiu se mudar para Paris, em 1886, e ficou na casa de seu irmão Theo.
Em Paris, van Gogh viu pela primeira vez a arte impressionista, e ele foi inspirado pela cor e luz. Começou a estudar com Henri de Toulouse-Lautrec, Pissarro e outros. Para economizar dinheiro, ele e seus amigos posavam uns para os outros em vez de contratar modelos. Van Gogh era apaixonado e discutia muito com outros pintores sobre suas obras.

Van Gogh ficou famoso pela maneira como usou a luz e a cor. Ele espalhava a tinta na tela com grossas pinceladas ou com uma espátula. Sua obra pós-impressionista influenciou a maioria dos grandes movimentos artísticos do século XX.

Van Gogh vendeu pouquíssimos de seus quadros durante a vida Hoje sua obra é muito popular, e seus quadros valem fortunas. O Museu Van Gogh, em Amsterdam, tem 200 telas, 500 desenhos e 750 documentos escritos em exibição e atrai 1,5 milhão de visitantes por ano.

Os médicos asseguraram a Theo que seu irmão iria sobreviver e receberia cuidados. No dia 7 de janeiro de 1889, van Gogh foi liberado do hospital. Ele estava sozinho e deprimido. Passou a ser dedicar à pintura da natureza, mas não conseguiu encontrar paz e foi internado novamente. Ele iria pintar na casa amarela durante o dia e retornar ao hospital durante a noite.
Além disso, o povo de Arles assinou uma petição dizendo que van Gogh era perigoso. Ele decidiu se mudar para um asilo em Saint-Paul-de-Mausole, em Saint-Rémy-de-Provence. Em 8 de maio de 1889, ele começou a pintar nos jardins do hospital. Em novembro de 1889, foi convidado para expor suas pinturas em Bruxelas. Ele enviou seis pinturas, incluindo "Íris" e "Starry Night".

ALGUMAS OBRAS

 AMENDOEIRA EM FLOR (1890)

CASA AMARELA (1888)

PÔR DO SOL EM MONTMAJOUR (1888)

 QUARTO DE ARLES (1888)

"Van Gogh escreveu a seu irmão: 'a contemplação do quadro deve repousar a cabeça, ou melhor, a imaginação.' Todas as sombras são eliminadas e as cores puras são modeladas através da aplicação da tinta espessa. A perspectiva conduz o olhar para dentro da quarto e a janela, entreaberta, atrai a curiosidade do observador."

 LÍRIOS (1899)

 A NOITE ESTRELADA (1889)
"Este quadro é pintado quando da estadia do pintor em Saint Remy. Naquela época, o pintor esteve internado em um asilo psiquiátrico, onde realizou mais de 150 quadros. A tela é dividida horizontalmente pela linha do horizonte e verticalmente pelo cipreste. A cidade longínqua, de pequenas casas, contrasta fortemente com o cipreste em primeiro plano. As pinceladas são curvilíneas, e se integram de maneira rítmica sobre a superfície da pintura. Céu, cipreste e cidade integram-se em um movimento turbilhonante de luz e espiritualidade."

 OS GIRASSÓIS  

 OS COMEDORES DE BATATA (1855)

"Van Gogh pinta esta tela em Nuenen, onde sua família morou por algum tempo. Pretendia retratar a dura realidade da vida camponesa, sua humildade e dignidade. Van Gogh realizou diversos estudos preparatórios para esta obra, não só da composição mas, também, dos personagens individualizados. Utiliza-se de poucas cores, variadas nos contrastes de claro e escuro. A tinta aplicada é espessa, com a pincelada talhando cada figura como se fosse feita de madeira."

Cores demais vivenciamos em nosso dia a dia. Qualquer loja de material artístico vente tubos e tubos dos mais variados matizes. mas a cor de Van Gogh é mais do que esta variedade caótica de matizes. Olhando suas pinturas, parece-nos que a profusão é a maior virtude. Ledo engano. Lendo seus escritos, espericalmente as cartas que deixou para o irmão, Theo, aprendemos que acreditava na ressonância profunda de cada matriz na alma humana. Para Van Gogh, cada cor era o símbolo de uma paixão. 
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MUSEUS

  • Museu Van Gogh

  •  Museu Kröller-Müller

O Museu Kröller-Müller tem muito a oferecer aos visitantes, mas os dois destaques mais interessantes são:
  • a coleção de Van Gogh: a maior coleção particular de Van Goghs do mundo (excluindo a coleção da própria família Van Gogh).
  • o jardim de esculturas: é hoje um dos maiores da Europa. É maravilhoso ver a harmonia entre as esculturas, o jardim e o Parque Nacional Hoge Veluwe no entorno do museu.

TÉCNICAS DE PINTURA

O tema principal de seus primeiros trabalhos é o camponês. Entre 1881 e 1885, quando se iniciou na pintura, Van Gogh pintou uma série de desenhos e quadros, cujo máximo momento foi Os comedores de batata. As preocupações moralistas e religiosas do autor traduziram-se no profundo amor que sentia pelas personagens humildes e desamparadas dos camponeses holandeses. Desde que havia tentado ser pregador religioso nas minas de carvão do Borinage, a miséria destes havia impregnado sua imaginação e senso de solidariedade. As telas são tecnicamente soturnas, de cores escuras, marrons e preto, dentro de uma tendência realista social.
Sua temática posterior à chegada em Paris (1886) é totalmente determinada pelos seus objetivos estéticos e técnicos. Se ele vê na cor a razão maior de sua expressão, verdadeiro veículo simbólico da espiritualidade, Van Gogh vai pintar, por exemplo, girassóis, onde a explosão do amarelo parece um retrato exato de seu turbulento universo espiritual. Se a pincelada redemoinhante é sua marca, serão os ciprestes e os trigais, por exemplo, a expressão maior na natureza de seu ritmo gestual que ascende como chama.
O interesse pelo ser humano nunca o abandonou. Uma grande série de retratos, alguns deles verdadeiras obras-primas, formam uma galeria de penetrante desvelar da alma alheia. Sem condescender com o retratado, nem tampouco aviltá-lo, Van Gogh revela com carinho os desvãos da alma, por onde tantos se deixam levar.
Assim, também, deve-se reservar atenção cuidadosa aos seus vários auto-retratos. Como o outro grande mestre holandês, Rembrandt, Van Gogh vê no auto-retrato uma forma de auto-conhecimento. Inúmeros, eles descrevem seus variados sentimentos e momentos de vida. São um dos conjuntos de pinturas mais angustiantes da história da arte. Um ponto é particularmente intenso: os olhos, penetrantes, ao final da vida descrentes, não nos olham, mas atravessam pelo observador em busca do espírito, da compaixão.


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